Tudo o que você precisa saber sobre portabilidade de financiamento imobiliário!

Mesmo tendo um financiamento ativo, você pode buscar opções mais vantajosas e transferir o seu contrato para outra instituição.

Quem nunca sonhou em investir em seu próprio imóvel?

Seja novo ou usado, toda compra de um imóvel apresenta vantagens e desvantagens. Livrar-se do aluguel e ter um lar para chamar de seu, com toda liberdade e comodidade, é algo maravilhoso de se pensar. No entanto, não podemos desconsiderar que é um alto investimento, que exige muita organização financeira e um bom planejamento.

Quando se pensa na aquisição de um imóvel próprio através de um financiamento imobiliário, isso requer ainda mais atenção, por ser um investimento a longo prazo. O financiamento, mesmo com muita pesquisa e atenção, pode ainda apresentar alguns imprevistos ao longo do caminho, podendo transformar o seu grande sonho em um pesadelo.

Financiar um imóvel, na imensa maioria dos casos, é um compromisso que dura por décadas. Afinal de contas, você pode pagar as prestações por até 35 anos (ou 420 meses). Por mais que existam vários tipos de financiamento imobiliário, isso não significa que você deve “fidelidade” à instituição financeira que concedeu o crédito imobiliário, pois desde 2006 existe a possibilidade de fazer a portabilidade de financiamento imobiliário!

A portabilidade de financiamento imobiliário é uma boa opção para quem já tem um financiamento ativo mas está buscando outras formas de diminuir seus custos.

Se você se encaixa neste cenário, neste texto você descobrirá o que é a portabilidade, como avalia-la e como você pode fazê-la! Papel e caneta nas mãos e… vamos lá!

O que é portabilidade de financiamento imobiliário?

A portabilidade de financiamento imobiliário é, basicamente, transferir o crédito imobiliário da sua instituição financeira atual para outra, e tudo isso é feito a partir de uma solicitação do cliente.

Essa solicitação geralmente ocorre quando as condições de pagamento da instituição atual não são mais vantajosas. Você mesmo (a) pode buscar outra empresa para assumir o financiamento do imóvel e ela se encarregará de pagar o valor restante ao banco original e, então, passará a receber as parcelas seguintes conforme constar em seu novo contrato.

Por mais que pareça um processo desgastante, o resultado de uma portabilidade de financiamento pode te surpreender, pois pode oferecer parcelas que realmente cabem no seu bolso e tornar a negociação mais viável (veremos mais à frente uma simulação, com juros menores, para exemplificar melhor).

Vale a pena fazer a portabilidade de financiamento imobiliário?

Como dissemos no tópico anterior, quando falamos em portabilidade de financiamento imobiliário, é comum pensarmos no desgaste e nas questões burocráticas que envolvem este processo.

Porém, um pequeno ajuste na porcentagem de juros ou no valor das parcelas pode fazer uma grande diferença no orçamento final!

De acordo com especialistas do mercado imobiliário, os momentos em que as taxas de juros estão mais baixas deixam a portabilidade de crédito imobiliário mais vantajosa. No entanto, antes de fazer qualquer operação de troca de banco, é importante fazer simulações em outras instituições, comparando com o contrato de financiamento que você tem atualmente.

Vale destacar que quanto mais próximo ao fim do contrato, menores serão os benefícios, uma vez que o cliente já pagou por boa parte do financiamento.

Além disso, outros pontos devem ser considerados, tais como:

  • Condições de pagamento

Assim como a taxa de juros, o prazo e as condições do pagamento também são fatores decisivos para solicitar a portabilidade de financiamento imobiliário.

Durante sua pesquisa para realizar a portabilidade, opte por instituições que flexibilizem o prazo de pagamento, que permitam alterar o numero de parcelas, entre outros fatores que influenciam diretamente no pagamento do financiamento. Lembre-se que ter melhores condições para efetuar o pagamento podem ajuda-lo (a) a diminuir o valor das parcelas de modo que as mantenham em dia.

  • Custos do cartório

Embora em um primeiro olhar a portabilidade pareça vantajosa, é importante considerar que para fazê-la, requer um custo, principalmente quando envolve questões mais burocráticas como a documentação feita em cartório.

Para que a transferência seja possível, será necessário redigir um novo contrato com a instituição bancária escolhida, o que acarretará, consequentemente, em um novo registro.

Considere, também, o tempo de espera para validação deste novo contrato, que poderá se unir ao pagamento de uma parcela do financiamento. Neste caso, esteja preparado e inclua estes valores em seu planejamento financeiro!

  • Reavaliação do imóvel

Durante o processo da portabilidade de financiamento, a nova instituição financeira fará outra avaliação do imóvel. Isso significa que, se houver alteração no valor do mesmo, poderá acarretar em uma mudança nos valores financiados. Reiteramos a importância de estar preparado (a) para possíveis custos adicionais!

Nesta etapa também é muito importante observar os novos valores propostos pela instituição e, a partir disto, verificar se é possível ofertar melhores condições contratuais. Portanto, preste muita atenção e tente fazer pequenos ajustes, se necessário, antes de assinar o contrato.

É melhor fazer portabilidade ou renegociação?

Esta também é uma dúvida bastante comum quando se pensa em buscar melhores condições para um financiamento que já está em andamento.

Embora apresente muitas vantagens, em muitos casos, pode ser que a portabilidade não seja a melhor opção, mas a renegociação da dívida com o banco onde já existe o financiamento, sim!

Lembre-se que para obter menores taxas e melhores condições de pagamento, o relacionamento com a instituição é um ponto primordial. Tudo vai depender de uma boa negociação, que atenda às suas necessidades!

Como fazer uma simulação de portabilidade?

A recomendação do Banco Central é que o cliente observe, na hora da simulação feita pelo banco, três fatores primordiais:

  • A taxa de juros nominal e efetiva (Custo Efetivo Total – CET);
  • O prazo remanescente, ou seja, a quantidade de meses que você ainda tem para pagar o financiamento;
  • O valor da prestação.

Vamos supor que você adquiriu um imóvel no valor de R$400 mil com uma taxa de juros de 7,5% ao ano e um prazo de 30 anos. Isso representa um total de pagamento R$898 mil. Porém, se você conseguir mudar para um financiamento com juros de 6,75% ao ano, poderá reduzir o total para R$854 mil, totalizando uma redução de R$42 mil no saldo devedor do contrato, além de reduzir mensalmente as prestações.

E como fazer, de fato, a portabilidade de financiamento imobiliário?

Dito tudo isso, se você já confirmou que a portabilidade é a melhor opção para quitar o seu imóvel, resta apenas fazer a solicitação e dar continuidade ao pedido. Para isso, você deve seguir os passos:

  1. Solicite à instituição financeira responsável pelo atual contrato as seguintes informações sobre a operação:
  • Cópia do contrato atual;
  • Saldo devedor atualizado;
  • Data do último vencimento da operação.
  1. Não esqueça de procurar outras instituições financeiras, faça outras simulações e veja qual delas oferecerá as condições mais vantajosas, de modo que atenda às suas necessidades;
  2. Escolhida a instituição que irá receber a portabilidade do financiamento imobiliário, o pedido é feito pelo próprio banco contratado junto à Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP);
  3. Feito o registro na CIP, o banco onde está o contrato tem um prazo de 5 dias úteis para entrar em contato com o cliente e oferecer uma renegociação, com condições mais vantajosas. Se a pessoa concordar e formalizar a intenção de desistir da portabilidade, a instituição faz o comunicado à CIP e o processo é interrompido;
  4. Se o cliente optar por seguir com a portabilidade, o banco original envia as informações necessárias para que a nova instituição finalize a operação. Neste momento, o banco que firmará o novo contrato faz a quitação dos débitos de seu novo cliente junto à primeira instituição, por meio de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED). Neste passo, o Banco Central lembra a quitação do contrato original é de responsabilidade da nova instituição financeira contratada. Os custos dessa operação entre os bancos não podem ser repassados ao cliente;
  5. Após quitada a dívida do contrato, a instituição original tem 2 dias úteis para remeter à nova instituição o documento atestando que a portabilidade foi efetivada;

Com todas essas informações em mãos, acreditamos que você esteja mais seguro (a) para fazer a portabilidade de financiamento imobiliário, não é mesmo?

Caso tenha alguma dúvida, nos colocamos à disposição para ajuda-lo (a) a alcançar um bom acordo. É só deixar o seu pedido nos comentários!

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